Em 1994, Nash inicia o Teatro Escola Celia Helena, tradicional curso de teatro, em Sampa.

No terceiro semestre do Célia Helena, em 1995, Nash começa a dar aulas no SOS Criança, instituição que recebia menores infratores e em situação de risco social. Isso pautou o trabalho de Nash por, pelo menos, 15 anos, sempre atendendo comunidades da periferia ou instituições de recuperação social: o teatro como uma ferramenta para se trabalhar com esse público.

Depois de se formar ator, como um passo ao aprofundamento, em 1999, Ricardo Nash inicia a universidade, na primeira turma da recém-criada Comunicação das Artes do Corpo (PUC/SP), curso este que tem o corpo como foco de estudo, no teatro, na dança e na performance. Pouco tempo depois, o curso se tornou referência e hoje é até comum o termo “artistas do corpo”. Durante a faculdade a curiosidade artística pelo corpo e suas expressões foi tomando forma. O interesse pela pesquisa consolidado. E, como parte da curiosidade junto com outros alunos, criam o Teatro da Terra, grupo que se tornou uma referência de pesquisa corporal, na PUC/SP.

Em 2003 ingressa o curso de pós-graduação Comunicação e Semiótica (PUC/SP), orientada pelo músico e filósofo Silvio Ferraz. Recebe o título de mestre com a tese: Música Em(Cena): processo de criação em mídias diversas, onde pesquisa a relação: {[ Teatro e Música ] Corpo, ritmo e som}: estudo este em contínuo desenvolvimento desde então. 

Essa pesquisa prática, iniciada em 2003, durante a elaboração da dissertação de mestrado tem como resultados cênicos “Olho Caos”; “Manhãs”; “Moda à Terra”; “Dança Viola” e o espetáculo “O Natimorto”, de Lourenço Mutarelli, com Cia do Piolho, onde foi possível cruzar as linguagens do Som e do Corpo em Movimento tendo a cena o elemento rítmico norteador.

Passadas quase duas décadas desde quando começou a estudar teatro, Ricardo, em 2012, retorna ao Célia Helena, mas agora como professor de Expressão Corporal no curso técnico e de Música e Ritmo Cênico no ensino superior (ESCH). A relação corpo, som, ritmo e movimento passam a ser temas de aulas e Nash, desde então desenvolve cursos com esta temática, como foram Ritmo Cênico: corporalidades e musicalidades diversas (Teatro Oficina, EMAL) e Ritmo Cênico: CorpoSo(M)ovimento (SP Escola de Teatro).

Em 2014, Nash, a convite do professor Pós-Doutor Danilo Guimarães, passou quase três anos no Instituto de Psicologia (IP/USP), como aluno especial e pesquisador explorando as fronteiras do processo comunicativo de semiotização afetiva na relação da pessoa com o mundo e desenvolvendo estudos que relacionam o Construtivismo Semiótico Cultural com a questão do ritmo, do corpo, da música e do som, principalmente.

Nash busca unir seus interesses em música, em teatro, em dança, em performance e em atuação tanto em seus trabalhos teóricos como práticos, e segue a vida curioso.