‘Tentando’ Devires
(…)
Sopra o vento a cor de seu instante
Reinando o momento presente se fazendo por si só.
Recebendo o sentido-natureza esse deus devir se escreve aqui.
Pontuando o olhar
A escuta
Que planam rochedos de frente-mar;
Podendo ser um quadro navegando a cantar
Alto mar.
Ou uma nau cabisbaixa procurando subterfúgio no oceano borbulhante bolhas de sabão
rodando o mundo inteiro para se afogar no mesmo de encontro
com medusas – ponto marítimo.
Ah… tantos suspiros não seriam tão vivos se os quisesse sentir.
Não fariam sentidos,
E se sentidos não teriam sentidos.
Estalar de dedos, depois mão aberta, centro, punhos cerrados, nuances estéticas
Que vasculham o equilíbrio disforme, ‘dis-uni-forme’.
Tantas veias se resvalando por entre a razão do insípido unir.
Pulsão de devir sem figurino.
Assim, festejando o grito quimera da máscara que alucina um susto de antemão,
Devir ante-mão?
Portanto,
Não querendo elucidar ressonância,
Lembro-me; por instâncias e patamares, colisões de caos, de definições, de amanheceres;
atômicos alinhavares de construção
Em recalcada linha da dimensão procuro-me em mim mesmo
( onde mais poderia estar ? – o mesmo ser desencontro )
Já empalído-me
ou
enrubesço nos alinhavares.
(…)
Só três respiros
e um rodopio aéreo.
Pertencem ao molejo do sangue
Que protesta desejos,
Infância,
Virtude,
Ou terremoto.
– expresse!
e uma dialógica que antecede prece
e um posterior
Devir suspenso ( que é uma espécie de clave se Sol sem tom.)
Despiu-se do tempo
Nada mais claro que um devir reflexão que pode vir a ser um outramento, um outro sendo.
Um devir motor
ou até
Devir amortecedor
que guiará em ritmos frenéticos o alcance incalculável desta calculadora falível
que é uma emoção
em busca sempre da distorção do canal
passeando por ruídos mastodontes
do apocalipse humano
tão frágil quanto um coro de Naenthertals a procura do rito.
Rito meu instante atingindo
o cálido gesto do querer.
(…)
uma pausa
um sentido
e
uma projeção.
As 7 Cores do Arco-Íres
As 7 cores do arco-íres passeiam,
pelos lados!
Também pedem cuidado no começo
Para que sempre sejam novos os começos
Sempre vago e descalço
Por galhos intrusos se manejam meu devir.
Aludi me disfarça em solo de almanaque
viva 7 cores
São 7 mesmo?
Acanhadas mas mordazes
Aplaudindo devir
aéreo abstrato
Liga-se a aldeias e vilões
Em cruéis felizes e achados
Tão… me ilustro
Pena de serpente
E almejo ilustre
E Medeia me vê!!
Num disfarce de cristão me acorrento
Se dou gargalhadas me inspiro,
Às vezes me surto, outras suicido.
Alegre amém! São 7 cores
Apenas?!
Provoque visão de parto em algum lugar
E seja tranqüilo
Mas abismado se lança em desvios
E me rompem em sustos?
Pergunto difícil
E não procuro um toque.
Mesmo de repente já tenho enlaço distante
E provém um passe.
Permitir contornos que vestem em mim,
Imã de pulso.
São cores.
Depoimento
O devir ( experimentado ) me joga num túnel frágil em espumas, ou em finos concretos de terra e de alma.
Quando acho um devir provedor??
Que pulsa os arredores e ilumina os corredores
É quando me descubro de tal alicerce
E me recompondo sozinho, pergunto.
Nas Pedras
Um dia andando em rochas, frente ao mar me resolvi macaco a andar quadrúpide
Foram devires muitos.
Estava saltando rochas como os grandes Símios…algo em mim saltava…
Pode um devir quadrúpede?
Deus
Então penso em potências
em graus
Cada corpo tem natureza
Tem deus
É deus
Deus afeta. Quanto?
Quem me estremece?
Quem diviniza
Como aterrissar.
Somos em ação
E
como pó
Atrevidos e mensageiros
Crédulos
Incrédulos e ríspidos
Como corpo que toco
Se diz algo é porto
E se me junta um passageiro d’alma
Não tenho e me tenho
Um clack
Devir inexplicável